A noite estava nublada e gelada.
Sentia o vento balançando os meus cabelos e tocando o meu corpo.
Vento frio que não trás chuva, mas medo, pavor, pânico.
Vento que supostamente me avisava que algo de ruim estava para acontecer.
Em fração de segundos, ouvia a sua voz suave me falando o que faríamos daquele momento em diante.
Notícia nada agradável, talvez favorável às situações.
De maneira nenhuma pude concordar. Provável reação vinda de nós.
Inaceitável, Impontuável.
Ouvia suas palpitações, de tão próximos que estávamos.
Abraçados, olhei para o céu e entre aquele nublado, a Lua surgiu e me olhou.
Naquele momento, senti suas bênçãos.
Respirei aliviada.
E lagrimei, como nas minhas memórias distantes;
como uma criança se desfazendo de um brinquedo;
como uma mulher perdendo um coração.
Ali, abraçados...
nos olhamos e nos amamos em silêncio, até o sempre, até o possível.
Greice Vieira.